segunda-feira, 25 de junho de 2012

O GLOBO - COZINHANDO O GALO SIRIO


RESTA   DUVIDA  QUE  ESTAO  COZINHANDO  O  GALO  SIRIO COMO  COZINHARÃO O GALO NO  IRAQ E NA  LIBIA....

GENEBRA e ANCARA - Três dias após a Síria derrubar um avião turco que estaria em águas internacionais, segundo autoridades de Ancara, a Turquia denunciou um novo ataque contra uma de suas aeronaves. Segundoo vice-premier Bulent Arinc, um caça turco que estaria trabalhando nas buscas do avião derrubado na sexta-feira foi alvo de tiros do Exército sírio. Mais cedo, fontes disseram à Reuters que o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro estaria em Damasco para tentar acabar com a violência no país.
Arinc disse em uma coletiva de imprensa que a Turquia vai se proteger, com base na lei internacional, do que ele chamou de “ação hostil” da Síria. O segundo avião que teria sido atacado pelos sírios não foi derrubado e estaria trabalhando na busca do caça F-4, desaparecido desde sexta-feira. Segundo a Turquia, o avião militar não possuía armamento e fazia um voo de rotina no espaço aéreo internacional, não uma missão de espionagem no território sírio como acusa Damasco.
Os dois tripulantes que estavam a bordo ainda estão desaparecidos. Laurent Fabius, ministro de Relações Exteriores da França, afirma que o ataque aconteceu sem advertência prévia, de forma “inaceitável”. William Hague, seu homólogo britânico, disse no domingo que o incidente é “escandaloso”. Na terça-feira, a Otan vai discutir a tensão entre os dois países. O artigo 4 do Tratado de Washington, que trata da resposta moderada e defensiva a uma ameaça, deve ser preferido em vez do artigo 5, que abrange até o uso de força.
Mais cedo, a agência estatak turca Anadolu anunciou a chegada de ao menos 33 membros do Exército sírio ao país. Entre os desertores, estariam um general, dois coronéis e 30 soldados, mas o jornal turco “Hurriyett” fala em 33 soldados, além de dois coronéis, dois majores e um tenente. Eles fariam parte de um grupo de 200 sírios que buscavam exílio na Turquia.
Com a deserção desta segunda-feira para a província turca de Hatay, chega a 13 o número de generais sírios exilados na Turquia. Desde o início do levante contra o presidente Bashar al-Assad milhares de soldados abandonaram seus postos, mas a maior parte era de baixas patentes.
Os chanceleres da União Europeia se reúnem nesta segunda-feira em Luxemburgo para discutir a ação síria contra o avião turco e impor mais sanções contra integrantes do regime e empresas do país. Até agora, os esforços europeus por uma transição pacífica de poder foram em vão. Em Ancara, o premier turco Tayyip Erdogan realiza uma reunião com seu gabinete para avaliar possíveis respostas.
Diplomata brasileiro estaria em Damasco
O diplomata brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro estaria em Damasco para conversar com autoridades sírias e chegar a um consenso para acabar com os massacres e atrocidades no país, afirmam fontes diplomáticas e da ONU. Se for confirmada a visita, será a primeira vez que Pinheiro recebe permissão para entrar na Síria desde que setembro, quando sua Comissão Independente de Inquérito de Direitos Humanos foi criada pelas Nações Unidas.
- Ele está tentando preparar o caminho para que nós possamos entrar no país - afirmou uma fonte da ONU à agência Reuters. - Precisamos ir para lá antes de setembro, quando nosso relatório final será entregue.
Pinheiro teria chegado à capital síria na noite de sábado, após conseguir um visto da missão diplomática síria em Genebra. Ele teria se reunido com o vice-chanceler Faisal Mekdad e voltaria à Europa na terça-feira, um dia antes de apresentar o último relatório ao conselho. Não está claro que outros encontros ele teria.
- É um sinal positivo que eles finalmente tenham aceitado deixá-lo entrar. Mas entre agora e quarta-feira o que ele pode conseguir? - indagou um diplomata árabe.
O conselho de direitos humanos da ONU realizou uma sessão de emergência em 1º de junho, quando condenou a Síria pelo massacre de pelo menos 108 pessoas em Houla e convocou os investigadores das Nações Unidas a identificar os responsáveis pelos assassinatos e recolher evidências para um possível processo criminal.
Em fevereiro, a ONU anunciou que tinha compilado uma lista de oficiais e comandantes sírios suspeitos de assassinatos, sequestros e tortura. O documento, confidencial, também continha nomes de militantes armados ligados a abusos. A Síria parece ter permitido a entrada de Paulo Sérgio Pinheiro após um relatório do mês passado conter mais informações de violações dos direitos humanos perpetrados por rebeldes, segundo fontes da ONU. O Conselho não tem poderes para punir, mas o relatório pode servir de base para julgamentos do Tribunal Penal Internacional, a corte de crimes de guerra da ONU em Haia.
FONTE:O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário